Em uma pesquisa que passou na TV recentemente (não
recordo o programa), disse que havia mais pais para adotarem uma criança do que
crianças a serem adotadas. Então a minha duvida continua o por que de tanta burocracia?
Neste mesmo programa uma psicóloga que estava sendo entrevistada, comentou: “Se as famílias não fizessem tanta escolha,
como por exemplo, eu quero recém-nascido e da cor (X), seria até mais fácil.”
Como assim, mais fácil? Quando uma família adota
uma criança, muitos têm o sonho de pegar recém-nascido para participar de todas
as fases, que a criança cresça com a rotina. Agora, sabemos que existem os “maiorzinhos”,
que são mais difíceis de adaptarem e é complicado para a própria criança, viver
em um lugar com pessoas estranhas e ter novas realidades.
No
Brasil existe o Cadastro Nacional de
Adoção (CNA), uma tentativa de organizar melhor essa loucura que
é a adoção em nosso país. Também tem a questão burocrática que envolve todo
esse processo da adoção. Existem filas de espera que duram mais de 5 anos para
que chamem o casal cadastrado. As exigências devem ser seguidas à risca, mas a
espera é tortuosa.
Não podemos ser levianos, querendo em prol de uma
agilidade maior, sacrificar uma escolha criteriosa de famílias adotivas. Não se
pode trocar um abrigo por um lar ainda pior. Não
se deve escolher sexo, ou qualquer outra parte estética, pois a criança não é
uma fruta exposta que todos vão querer apertar pra saber se está madura e vão
levar a que for mais viçosa. A criança que está à procura de uma família não
está escolhendo os pais perfeitos, ela
está querendo uma família para dar e receber amor.
A minha dica é que os governantes
deste país se organizem melhor para que exista
mais agilidade de adoções e menos crianças crescendo em um lugar que não pode
ser chamado de LAR.
*Foto retirada da internet